sábado, 15 de agosto de 2009
O gaúcho
O gaúcho, como o beduíno, sempre pareceu uma sentinela perdida, de vigia permanente ao seu silêncio e à riqueza de seu mundo. Amou as campereadas pelo prazer das correrias e dos imprevistos. Como as camperedas, a guerra lhe foi um esporte. Nesta latitude, para estas raças, a guerra constituía uma necessidade. Era bela. Pela renúncia da vida e pelos rasgos de heroísmo. Por isso, na ausência dos recontros, ainda se defrontam os homens, uns com os outros, em duelos singulares, a faca, e as regras da luta, o favor e o sacrifício, ainda dependem do céu. A generosidade é uma virtude como a vingança.
Manoelito de Ornellas (1948)
(Agradecimentos ao Fritz!)
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